Sou uma profunda admiradora do
seu trabalho, no entanto, admito que comecei a vê-la por ser parecida com a minha Mãe. O ar exótico, os olhinhos pretos, brilhantes, vivaços. É
incisiva, certeira e incansável até que se sinta satisfeita com o nível de informação
recolhida do seu entrevistado.
Não teve um percurso facilitado
dentro do ramo, em parte por ser filha de pai iraniano, por não ter nem sotaque
norte-americano, nem suficientemente britânico. Teve, finalmente, o seu mérito
reconhecido quando fez uma grande reportagem sobre o Irão, onde viveu na
infância.
O programa é composto por três
entrevistas e uma curtíssima rúbrica final. O mais fascinante no seu trabalho é
a profundidade com que trata os assuntos, que muito se deve à escolha dos
entrevistados, parece escolher sempre a pessoa certa para dissecar determinado
tema, que podem ser presidentes, primeiros-ministros, embaixadores, professores
universitários, enfim, gente entendida. O facto de o canal ter excelentes
correspondentes pelo mundo todo, e que muitas vezes reportam dos cenários mais
inóspitos da atualidade, também enriquece o programa, criando uma ponte mais
realista entre o estúdio de gravação e o terreno. Fica-se sempre a conhecer
mais um pouco depois de vermos esta jornalista rigorosa e destemida.
A rúbrica final do programa chama-se
Imagine a World, trata de algo positivo e inspirador, muitas vezes inusitado,
que esteja a acontecer no mundo. Esta forma de fechar o programa, que na
maioria das vezes aborda temas tensos, mostra a inteligência e a sensibilidade
de quem põe a sua alma na matéria que produz.
Podemos vê-la de segunda a sexta
ou ouvi-la em podcast, se vos interessar, espreitem aqui.
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ResponderEliminarObrigada, beijo!