quarta-feira, 31 de maio de 2017

Anúncio de Verão

tudosobreplantas.com

O início da Primavera traduz a verdadeira força da natureza. As plantas emergem da terra, contrariando a força da gravidade, e crescem impulsivamente em direção ao céu, aguentando o frio das noites e das manhãs e aproveitando sabiamente o calor do dia.

Mas a Primavera avançada, mais branda e suave, tem outro encanto. Os cheiros que começam a surgir, sobretudo ao final da tarde e à noite, as flores que brotam e tornam tudo mais colorido. Por entre os capins abandonados de beira de estrada brilham florzinhas selvagens amarelas, brancas ou roxas, os loureiros sobem na vida e passam de arbusto despercebido a senhores floridos e tudo isto torna mais simpático o ficar parado no trânsito.

De todas as maravilhas naturais da fase tardia da Primavera, há uma que me tira o folego! O jacarandá.

Fico ansiosa para que floresçam. Aquele roxo-lilás muito vibrante que enche avenidas e ruas inteiras ou aqui e ali pela cidade, entre outras árvores, muito vivo, alegre e vaidoso. Alguns são tão bojudos que nem lhes distinguimos os ramos por entre tantas flores. São maravilhosos! Perco-me a olhá-los e todos os anos me espanto como se fosse a primeira vez que vejo tal coisa.

As flores do jacarandá costumam chegar em Maio e dão sinal de que vem aí a estação quente. Como é bom um anúncio de Verão!

Até o nome é engraçado, jacarandá. Parece nome de brincadeira, ou de fruta tropical ou mesmo de bicho divertido.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

As Cadeias Fisiológicas ou o Método Busquet

method-busquet.com

O método Busquet foi criado pelo fisioterapeuta e osteopata francês Leopold Busquet. Segundo o próprio Leopold as Cadeias representam uma leitura anatómica e fisiológica do corpo humano e por isso, não são nem uma teoria, nem uma filosofia. São circuitos anatómicos através dos quais o corpo humano se organiza.

Levou anos a estudar, a tentar compreender o dinamismo do corpo humano, foi-se juntando a outros terapeutas dispostos a estudar e criar com ele o método. Tornou-o de simples compreensão, ressuscitou a avaliação do paciente da cabeça aos pés, criou um método global, que vê o todo relacionando as partes entre si.

A sua grande mais valia foi ter conseguido relacionar o sistema músculo-esquelético e o sistema visceral, relação chamada de contentor-conteúdo. O sistema músculo-esquelético, o contentor, adapta-se às necessidades do sistema visceral, o conteúdo.

Ter estudado as cadeias foi quase como tirar um novo curso de Fisioterapia. Quer isto dizer que o curso que tirei, no Alcoitão, foi muito bom, muito completo e exigente, e não o contrário. Mas quando acabamos um curso não temos grandes dúvidas, apesar de não sabermos quase nada. As dúvidas surgem quando passamos à prática, quando começamos a questionar o que vamos observando e sentindo, quando surge o pensamento. Por isso, no meu caso, fez sentido fazer as Cadeias quando as dúvidas não podiam mais calar.

Ao longo do curso fui tendo a sensação de que muitas eram respondidas. Algumas eram intuitivas, outras partiam da falta de sentido que encontrava entre o que os pacientes me diziam sentir e o que eu, com o conhecimento que tinha até então, lhes podia responder. Eu sabia que faltava qualquer coisa ao meu raciocínio clínico e que essa falta não seria colmatada no meu estudo solitário.

Quer dizer que já sei tudo e que resolvo qualquer situação a qualquer pessoa, qual salvadora da pátria? Não. Durante uns tempos parece que temos resposta para tudo e depois, quando o conhecimento começa a assentar, surgem logo novas questões. Porque é a eterna insatisfação saudável que nos faz procurar saber sempre um pouco mais.


quinta-feira, 18 de maio de 2017

Amanpour

Noutro dia, em conversa a propósito das eleições francesas, o meu interlocutor e amigo perguntou-me onde tinha ido buscar as notícias de que lhe falava. E respondi-lhe, com a naturalidade de quem já se considera íntima da senhora, na Amanpour. A Christiane Amanpour, para quem não conhece, é uma jornalista da CNN, que tem um programa diário sobre assuntos internacionais.

Sou uma profunda admiradora do seu trabalho, no entanto, admito que comecei a vê-la por ser parecida com a minha Mãe. O ar exótico, os olhinhos pretos, brilhantes, vivaços. É incisiva, certeira e incansável até que se sinta satisfeita com o nível de informação recolhida do seu entrevistado.

Não teve um percurso facilitado dentro do ramo, em parte por ser filha de pai iraniano, por não ter nem sotaque norte-americano, nem suficientemente britânico. Teve, finalmente, o seu mérito reconhecido quando fez uma grande reportagem sobre o Irão, onde viveu na infância.  

O programa é composto por três entrevistas e uma curtíssima rúbrica final. O mais fascinante no seu trabalho é a profundidade com que trata os assuntos, que muito se deve à escolha dos entrevistados, parece escolher sempre a pessoa certa para dissecar determinado tema, que podem ser presidentes, primeiros-ministros, embaixadores, professores universitários, enfim, gente entendida. O facto de o canal ter excelentes correspondentes pelo mundo todo, e que muitas vezes reportam dos cenários mais inóspitos da atualidade, também enriquece o programa, criando uma ponte mais realista entre o estúdio de gravação e o terreno. Fica-se sempre a conhecer mais um pouco depois de vermos esta jornalista rigorosa e destemida.

A rúbrica final do programa chama-se Imagine a World, trata de algo positivo e inspirador, muitas vezes inusitado, que esteja a acontecer no mundo. Esta forma de fechar o programa, que na maioria das vezes aborda temas tensos, mostra a inteligência e a sensibilidade de quem põe a sua alma na matéria que produz.

Podemos vê-la de segunda a sexta ou ouvi-la em podcast, se vos interessar, espreitem aqui.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Subir Escadas - Desafio

atdreamstate.wordpress

No início do ano, quase todos os anos, faço uma lista de objetivos e vontades a cumprir. Quase todos os anos essa lista desaparece, normalmente fica escondida num livro que estou a ler, ou no meio daquela papelada indiferenciada que se acumula e acaba no lixo. Conclusão, nem sempre cumpro os pontos de menor grau de importância que listei.

Um dos meus pontos listados para 2017 tem a ver com subir escadas.

Defini optar por subir as escadas em vez de ir pelo elevador. Como gosto de objetivos realistas, defini também que a brincadeira estaria a valer até aos três andares. Claro que se estiver para aí virada, posso subir mais do que três andares, mas como objetivo, três pareceu-me um bom número.

Porque considero a vida uma bênção e não um castigo, a definição desta regra teve algumas prerrogativas – em caso de cansaço extremo, de horários irregulares, ou seja, chegar a casa a altas horas e/ou de estar muito carregada com sacos de compras e afins – posso optar pelo elevador.

O melhor de tudo é que tenho cumprido de tal forma, que já lá vão cinco meses do ano e o que era um objetivo passou a ser um hábito.

E gostava de vos lançar a escada do desafio! Toca a dar às perninhas e upa! 

Quem aceita?
(Caso aceite o desafio, crie as suas próprias exceções à regra).

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Heartbeat, o pão que faz bater o coração

A Inês faz pão! O pão da Inês é muito saboroso, é saudável e feito em casa. É feito com a intenção que devemos colocar em tudo o que fazemos, amor e dedicação, e por isso, eu acho que para além de consumirmos a matéria sã de que é feita este pão, também consumimos o amor que lhe é depositado. Só pode fazer-nos bem!

No vídeo abaixo, falámos um bocadinho sobre a Heartbeat, o que é, como e porquê que a Inês chegou até aqui.

Para ir à Heartbeat e encomendar pães e outras delícias é só aceder a qualquer umas destas plataformas: