Para as filosofias que relacionam
as estações do ano aos elementos naturais, o Inverno relaciona-se com o
elemento água.
A água é profunda, é calma e
intempestiva, é silenciosamente teimosa. Molda-se e contornando obstáculos chega
onde quer. A água pode encontrar-se onde menos se espera, precisamente porque é
profunda e silenciosa. É, ao mesmo tempo, passiva e activa.
O Inverno assemelha-se à água, se
por um lado pede recolhimento e reflexão, por outro promove-nos mais vontade de
trabalhar, de estudar, de armazenar conhecimento. Durante o Inverno a natureza
está conservada, muitos animais e plantas estão em repouso, quase como se
estivessem à espera, como a água aparentemente parada das profundezas.
Os órgãos associados a esta época
do ano são os rins e a bexiga, e a estes órgãos qualquer um de nós associa
instantaneamente o elemento água.
Os rins para além das suas
funções de filtragem e eliminação, são também um reservatório de energia vital
e distribuidores dessa mesma energia pelo resto do corpo. Têm, portanto, uma
importância mais global do que poderíamos imaginar à partida.
Numa perspectiva mais física, podemos
relacionar estes órgãos invernosos às nossas pernas e pés. Trabalhando as
pernas e os pés, podemos promover as capacidades energéticas dos rins e da bexiga.
Através de caminhadas, de posturas de equilíbrio, de fortalecimento muscular, e
para quem gostar, da própria corrida.
Uma outra forma de protegermos os
rins é não perdermos energia através dos nossos pés, por isso devemos mantê-los
bem aquecidos ao longo do Inverno.
E depois do exercício físico para
as pernas, nada como uma mantinha e um delicioso chá de gengibre, para aquecer os pés e o
espírito.