sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Os Açores estão na moda


Nunca ouvi tanta gente dizer que vai, que foi ou que pretende lá ir. Escrevem-se artigos relativos às ilhas, revistas importantes dedicam-lhes edições completas, lembrando que são nove, sem esquecer as mais pequenas e longínquas. Juntando as low-cost e o marketing, a verdade é que os continentais estão a redescobrir o arquipélago.

Esta pequena declaração é só sobre a minha ilha, a minha primeira, que é a Terceira.

Na Terceira come-se bom peixe, alcatra e massa sovada, queijos e massa de malagueta, cavacos e lapas, rochedos e donas Amélias.

É uma promessa de águas limpas do oceano para onde nos podemos atirar logo ali e em qualquer lugar. São os tons de verde e azul em fluorescência, que alternam dependendo da vontade do céu.

São as hortênsias, que mais parecem obra divina do que espécie invasora, as araucárias e as criptomérias, tanta beleza prometida. As vaquinhas e os toiros bravos, negros como rochas, serenos como donos e senhores daquelas terras férteis.

São as festas populares que juntam tudo e todos em harmonia humana, como numa terra também prometida.

Talvez o Paraíso seja um lugar assim, ali bem no meio do Atlântico.